Fecham as urnas na Venezuela: saiba a que horas e como devem ser divulgados os resultados
28/07/2024Vice dos EUA, Kamala Harris, diz que ‘apesar dos desafios’, EUA continuarão a trabalhar por futuro democrático no país
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | | 28 de julho de 2024 às 21:16
Ao todo, 21,4 milhões de eleitores venezuelanos estavam registrados para votar e tanto governo como a oposição incentivaram os eleitores a comparecer às urnas. O presidente do CNE, Elvis Amoroso, disse que o pleito ocorreu sem maiores incidentes.
Não há um horário definido para o anúncio dos resultados, mas estes costumam ser anunciados, com base nas eleições anteriores, entre 4 e 5 horas após o fechamento das urnas. Em 2006, o anúncio ocorreu às 23h19; em 2012, às 23h30; em 2013, às 00h17 e em 2018 o resultado foi divulgado às 23h20, todas de acordo com o horário de Brasília.
O CNE não disponibiliza a apuração minuto a minuto, nem divulga boletins parciais de resultados. O órgão deve fazer seu pronunciamento oficial apenas quando os resultados forem considerados irreversíveis e o ganhador possa ser declarado.
Assim como o Brasil, a Venezuela usa a urna eletrônica, mas no sistema venezuelano o voto é também impresso. O eleitor entra na sala de votação, valida sua biometria e registra o voto na urna eletrônica. Ele recebe o comprovante do voto, confere se está correto e deposita em uma outra urna, onde ficam armazenados os votos impressos. Quando a votação é encerrada, o chefe da seção imprime o boletim de urna e faz a contagem dos votos impressos para conferir se estão de acordo.
Kamala Harris comenta eleição na Venezuela
Pouco antes do fechamento das urnas, a vice-presidente dos EUA e provável candidata democrata nas eleições presidenciais de novembro, Kamala Harris, se manifestou sobre o pleito venezuelano, afirmando que “apesar dos desafios”, o país continuará a trabalhar para “um futuro mais democrático” na Venezuela.
“Os Estados Unidos estão com o povo da Venezuela que expressou sua voz na histórica eleição presidencial de hoje. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada. Apesar dos muitos desafios, continuaremos a trabalhar em direção a um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela”, escreveu ela na rede X.
O assessor especial de Política Internacional da Presidência da República, Celso Amorim, viajou à Venezuela para acompanhar as eleições e, no inicío da noite de domingo, declarou que o pleito transcorreu “com tranquilidade” e contou com “participação expressiva do eleitorado”.
Eleições e democracia
O presidente Nicolás Maduro busca a reeleição para um terceiro mandato e foi votar bem cedo. Depois de depositar o seu voto, ele deu um discurso prometendo respeito ao resultado das urnas. Ele também cobrou de seus opositores o mesmo comportamento e pediu que os outros nove candidatos declarem publicamente que vão respeitar e cumprir o desejo das urnas.
“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral e os boletins oficiais. Garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro a jornalistas.
A oposição tem como nome forte o ex-embaixador Edmundo González Urrutia. Ele, no entanto, está à sombra da ex-deputada María Corina Machado. Ela votou no colégio Elena de Bueno, na zona leste da capital. Em declaração à jornalistas, ela afirmou que a participação até às 13h era de 42,1%. Segundo ela, com esses dados a oposição deve ficar otimista
“Isso representa mais de 9 milhões de pessoas. Se esta tendência continuar, será a maior participação numa eleição nos últimos 30 anos”, disse.