PF aprende joias e dinheiro em operação contra desvios noPará

A Polícia Federal em conjunto com a  Controladoria Geral da União (CGU), apreendeu joias e dinheiro em espécie durante o cumprimento de mandados na manhã da última terça (2). Durante a realização da Operação Expertise, que é ficada em irregularidades em contratos para Saúde e Educação no Pará que somam R$ 198 milhões.

As ações foram feitas em Belém e Marituba na região metropolitana, a operação apura a atuação de uma organização criminosa voltada a cometer crimes contra a administração pública e a lavagem de dinheiro. Mediante
a contratação fraudulenta de empresas por diversos órgãos públicos estaduais e
municipais do Pará, por meio da utilização de recursos federais oriundos do FUNDEB e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Os agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão, entre os nomes investigados está o do chefe de gabinete do Deputado Estadual Chicão (MDM), atual presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Também foram bloqueados ativos no montante de $ 198 milhões, o afastamento de sigilo bancário e fiscal de 17 investigados, além da prisão preventiva de cinco
pessoas e o afastamento de seis servidores públicos.

 

Desvios chegam a ser milionários

Foram apreendidos R$881.000,00 entre moedas nacionais e estrangeiras, 31 carros sendo alguns importados, 88 peças de joias e sete relógios de luxo. Os contratos apurados são entre 2018 e 2024, mas a operação
ainda segue em andamento. E os órgãos cumpriram mandado de monitoramento
eletrônico contra um dos alvos e a suspensão, por tempo indeterminado das
atividades econômicas de quatro empresas suspeitas, incluindo contratos que estão vigentes com o Governo do Pará e a Prefeitura de Marituba.

Segundo a PF as investigações mostram a existência de um modus operandi, que envolve empresários, servidores públicos e empresas de fachada. Além de incluir direcionamento de licitações, adesões, irregularidades de atas de registro de preços, simulação e execução parcial de contratos
administrativos, repasses de grandes valores públicos e posteriormente o saque em espécie e a distribuição desse dinheiro à agentes públicos da organização.

 

Esclarecimento da Alepa e da Prefeitura de Marituba

Em nota a Alepa confirmou que agentes da Polícia Federal estiveram no prédio do órgão para o cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra dois servidores da casa. A instituição ressalta que o gato é isolado e não se refere à Alepa.

A Prefeitura de Marituba informou que a operação visa investigar um prestador de serviço que mantém contrato com vários órgãos públicos municipais e estaduais. E confirma que a prefeitura estar colaborando com as investigações e fornecendo as informações solicitadas.