STF começa o julgamento de Bolsonaro e mais sete réus

O Supremo Tribunal Federal começou a julgar
os oitos réus acusados de tentativa de golpe de Estado, dentre os nomes estar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Chamado de “núcleo crucial” , esse grupo é acusado de ser os mandantes da trama golpista.

O relator Alexandre de Morais marcou para essa última segunda-feira (9) , o início do julgamento, que irá ocorrer até sexta. As audiências serão presenciais na sala de sessões da Primeira Turma do STF, que foi adaptada para receber todos como uma espécie de tribunal do júri.

A segurança será reforçada, foi montado um esquema parecido ao do recebimento da denúncia, com um maior controle na entrada e monitoramento. A sala fica em um edifício anexo ao tribunal, localizado na praça dos três poderes.

Além de Bolsonaro, vão ser ouvidos;
Mauro Cid ex-ajudante de ordens, os ex ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), além do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.

Ordem dos depoimentos e detalhes do
julgamento

O primeiro a depor foi Mauro Cid, que
fechou acordo de delação premiada, os ministros iram levar em conta as informações fornecidas por ele, para decidir sobre os benéficos que serão concedidos. Alexandre Ramagem foi o segundo a ser ouvido nesse primeiro dia de julgamento. Em seguida, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno.

Jair Bolsonaro será o sexto a depor, depois Paulo Sérgio Nogueira, e por último Walter Braga Netto. O único que não vai depor presencialmente, será Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro e vai prestar seu depoimento por videoconferência.

A comunicação entre os réus estar
proibida, Moraes liberou cumprimentos, mas não conversas. Essa é uma das restrições impostas ao longo da investigação.

 

Resumo do processo

Em março, a Primeira Turma aceitou
a denúncia feita pela PGR, e tornou réus o chamado núcleo crucial. Após o
recebimento da ação, as testemunhas foram ouvidas nas últimas semanas. O
general Marco Antônio Freire Gomes, o tenete brigadeiro Carlos de Almeida
Batista Junior. Além do vice-presidente do governo anterior, Hamilton Mourão, e
o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas.

Finalizados os interrogatórios dos
envolvidos nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes novamente irá abrir um
prazo para que acusação e defesas se posicionem no processo, para as chamadas
alegações finais. Essa será a última fase do processo antes do julgamento, que
será realizado com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes,
além do seu voto e dos outros quatro integrantes da Turma, os ministros Flávio
Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, pela condenação ou absolvição
dos réus.